Apesar
de cada dente se desenvolver como uma estrutura independente e de se formarem
tipos dentários morfologicamente diferentes, isto é incisivos, caninos,
pré-molares e molares, o processo de desenvolvimento do dente, denominado odontogênese,
é basicamente o mesmo. Inicia-se como resultado da interação entre o epitélio
oral e o ectomesênquima subjacente, originando a banda epitelial primária e a
seguir a lâmina dentária. Os germes dentários seguem, subsequentemente, as
fases de botão, capuz, campânula, coroa e raiz. A
interação entre o epitélio oral e o ectomesênquima subjacente dá origem a uma
estrutura chamada de banda epitelial, esta estrutura ao continuar sua
proliferação e com isso aumentar o seu número de células, sofre degeneração das
células centrais dando origem a uma fenda que futuramente dará origem ao fundo
de saco do sulco vestibular. Duas estruturas surgem a partir da banda
epitelial, são elas a lâmina vestibular e a lâmina dentária.
FASE DE BOTÃO
Após a proliferação inicial de células que deu origem a lâmina dentária, ocorre em alguns locais dessa estrutura atividades mitóticas diferenciadas, que resultarão na formação de dez esférulas que invadem o ectomesênquima a partir da oitava semana de vida intrauterina representando o início da formação dos germes dentários. A fase em que esses eventos ocorrem é chamada de botão. Nessa fase o ectomesênquima subjacente apresenta uma leve condensação de suas células em torno da parte mais profunda da esférula epitelial.
FASE DE CAPUZ
Com a continuação da
proliferação o botão não continua a crescer uniformemente, apresentando,
portanto um crescimento desigual que o leva a ter uma forma que se parece com
um boné, por isso esta fase é chamada de capuz. Nessa fase o órgão dentário já
é formado por vários componentes. A porção epitelial, que a partir desta fase
apresenta várias regiões distintas, denomina-se órgão do esmalte e é composto
pelo epitélio interno e externo do órgão do esmalte e pelo retículo estrelado,
e é responsável pela formação do esmalte dentário. Ao mesmo tempo o
ectomesênquima aumenta o seu grau de condensação de maneira que se observa
claramente uma massa de células muito próximas umas das outras. Essa
condensação é denominada papila dentária a partir desta fase de desenvolvimento,
é responsável pela formação da dentina e polpa. Ainda na fase de capuz, o
ectomesênquima que rodeia o órgão dentário e a papila dentária sofre uma
condensação formando uma cápsula chamada de folículo dentário, sendo
responsável por originar futuramente o periodonto de inserção (cemento,
ligamento periodontal e osso alveolar).
FASE DE CAMPANÛLA
Após a fase de capuz vai diminuindo a proliferação das células epiteliais e, portanto, o crescimento do órgão do esmalte. Nessa nova fase, a parte epitelial do germe dentário apresenta um aspecto de sino com sua concavidade mais acentuada e suas margens mais aprofundadas. Todavia, quando a divisão celular diminui, tanto o órgão do esmalte quanto as células ectomesenquimais ocorre a diferenciação. Assim sendo, esta fase também é denominada de fase de morfodiferenciação e histodiferenciação. No órgão do esmalte a região do retículo estrelado continua a crescer em volume. As células do epitélio externo são achatadas tornando-se mais pavimentosas, e as células do epitélio interno alongam-se formando células colunares baixas. Além das modificações na estrutura do órgão do esmalte, nessa fase aparecem entre o epitélio interno e o retículo estrelado duas ou três camadas de células pavimentosas que constituem o estrato intermediário. Além disso, na região onde os epitélios externo e interno se encontram, ao nível do borda do sino, forma-se um ângulo agudo, essa região é chamado de alça cervical. Nessa fase, a porção da lâmina dentária começa a sua desintegração.
FASE DE COROA
Denominada também fase de campânula avançada e corresponde a deposição de dentina e esmalte da coroa do futuro dente. É nesta fase que ocorrem a amelogênese e a dentinogênese. As células do epitélio interno sofrem inversão de polaridade e se transformam em pré-ameloblastos. Estes induzem as células da periferia da papila dentária a se diferenciar em odontoblastos, que secretam a primeira camada de matriz de dentina – a dentina do manto. A dentina do manto induz a diferenciação final dos pré-ameloblastos em ameloblastos, os quais sintetizam e secretam a matriz orgânica do esmalte, que basicamente é proteica, porém de natureza não colágena. camadas de dentina e de esmalte são, então, depositadas, aumentando a espessura desses tecidos no dente, à medida que se aproxima da erupção. É bom lembrar que a deposição de esmalte ocorre de dentro (região mais próxima da dentina) para fora (em direção ao epitélio oral), ou seja, centrifugamente, e a deposição de dentina ocorre de fora (região próxima ao esmalte) para dentro (região próxima à papila dentária), ou seja, centripetamente. Após a formação da primeira camada de dentina, a papila dentária já pode ser chamada de polpa dentária.
FASE DE BOTÃO
Após a proliferação inicial de células que deu origem a lâmina dentária, ocorre em alguns locais dessa estrutura atividades mitóticas diferenciadas, que resultarão na formação de dez esférulas que invadem o ectomesênquima a partir da oitava semana de vida intrauterina representando o início da formação dos germes dentários. A fase em que esses eventos ocorrem é chamada de botão. Nessa fase o ectomesênquima subjacente apresenta uma leve condensação de suas células em torno da parte mais profunda da esférula epitelial.
FASE DE CAPUZ
FASE DE CAMPANÛLA
Após a fase de capuz vai diminuindo a proliferação das células epiteliais e, portanto, o crescimento do órgão do esmalte. Nessa nova fase, a parte epitelial do germe dentário apresenta um aspecto de sino com sua concavidade mais acentuada e suas margens mais aprofundadas. Todavia, quando a divisão celular diminui, tanto o órgão do esmalte quanto as células ectomesenquimais ocorre a diferenciação. Assim sendo, esta fase também é denominada de fase de morfodiferenciação e histodiferenciação. No órgão do esmalte a região do retículo estrelado continua a crescer em volume. As células do epitélio externo são achatadas tornando-se mais pavimentosas, e as células do epitélio interno alongam-se formando células colunares baixas. Além das modificações na estrutura do órgão do esmalte, nessa fase aparecem entre o epitélio interno e o retículo estrelado duas ou três camadas de células pavimentosas que constituem o estrato intermediário. Além disso, na região onde os epitélios externo e interno se encontram, ao nível do borda do sino, forma-se um ângulo agudo, essa região é chamado de alça cervical. Nessa fase, a porção da lâmina dentária começa a sua desintegração.
FASE DE COROA
Denominada também fase de campânula avançada e corresponde a deposição de dentina e esmalte da coroa do futuro dente. É nesta fase que ocorrem a amelogênese e a dentinogênese. As células do epitélio interno sofrem inversão de polaridade e se transformam em pré-ameloblastos. Estes induzem as células da periferia da papila dentária a se diferenciar em odontoblastos, que secretam a primeira camada de matriz de dentina – a dentina do manto. A dentina do manto induz a diferenciação final dos pré-ameloblastos em ameloblastos, os quais sintetizam e secretam a matriz orgânica do esmalte, que basicamente é proteica, porém de natureza não colágena. camadas de dentina e de esmalte são, então, depositadas, aumentando a espessura desses tecidos no dente, à medida que se aproxima da erupção. É bom lembrar que a deposição de esmalte ocorre de dentro (região mais próxima da dentina) para fora (em direção ao epitélio oral), ou seja, centrifugamente, e a deposição de dentina ocorre de fora (região próxima ao esmalte) para dentro (região próxima à papila dentária), ou seja, centripetamente. Após a formação da primeira camada de dentina, a papila dentária já pode ser chamada de polpa dentária.
FASE DE RAIZ
Nessa fase, os epitélios
interno e externo do órgão do esmalte que constituem a alça cervical,
proliferam em sentido apical e induzem a formação da raiz do dente. A alça
cervical prolifera e sofre uma dobra, constituindo o diafragma epitelial. As
células epiteliais continuam a proliferar, originando outra estrutura: a bainha
epitelial radicular de Hertwig. As células da camada interna da bainha
radicular de Hertwig induzem as células ectomesenquimais da papila dentária a
se diferenciar em odontoblastos, para a formação da dentina radicular. Esta
passa a ser intensamente sintetizada e a bainha radicular de Hertwig não
acompanha esse crescimento, fragmentando-se e formando grupos de células
isolados, denominados restos epiteliais de Malassez.
Dessa forma, após a
fragmentação da bainha epitelial de hertwig, o folículo dentário entra em
contato com a dentina radicular em formação. Então, as células ectomesenquimais
do folículo diferenciam-se em cementoblastos, secretando a matriz orgânica do cemento.
As células do lado externo do folículo diferenciam-se em osteoblastos, formando
o osso alveolar. As células da região central tornam-se
principalmente fibroblastos e formam o ligamento periodontal.
O cemento acelular (de
fibras extrínsecas, formado pelos fibroblastos do ligamento periodontal) está
presente próximo a região cervical do dente, enquanto o cemento celular (de
fibras intrínsecas, formado principalmente pelos cementoblastos) está mais
próximo da região do ápice radicular. Após o término da síntese do
esmalte, os ameloblastos formam um epitélio protetor que recobre a coroa até a
erupção do dente e que é importante na prevenção de vários defeitos do esmalte.
É o chamado o epitélio reduzido do esmalte, que contribuirá para a formação do
epitélio juncional da gengiva.
Referências Bibliográficas
JUNQUEIRA L. C., CARNEIRO J.; Histologia Básica, 10ª edição, Guanabara Koogan, 2004.
KATCHBURIAN E., ARANA V., Histologia e Embriologia Oral, Guanabara Koogan, 1999.
DI FIORI M. S. H., Atlas de Histologia, 7ª edição, Guanabara Koogan, 2001.
Anatomia Dentária, Série Resumão Medicina nº 19, 2ª edição, Barros, Fischer & Associados, 2005.
Guia Seleções de Medicina & Saúde para Sua Família, vol. 2, Reader’s Digest Brasil, 2004.
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